Técnica de Coloração da Fibra de Buriti
A prática de colorir as fibras extraídas da palmeira de buriti (Mauritea flexuosa L. f.) com pigmentos extraídos de vegetais típicos da região é um processo quase tão antigo quanto o próprio artesanato com linho (fibra) de buriti praticado na região maranhense.
Apesar de se observar que essa prática era bastante difundida nas regiões de Barreirinhas e Tutóia-MA, a coloração se restringia quase que exclusivamente à cor marron, obtida da casca do caule do vegetal "Gonçalo Alves" (Astronium macrocalyx Engl.) vulgarmente conhecido como "gonçalave". A utilização de outras cores de origem natural era praticamente inexistente, recorrendo-se a pigmentos de origem artificial para atribuir diversidade de colorações às fibras.
Com o advento das pesquisas desenvolvidas, esse conhecimento passou a ser sistematizado e aperfeiçoado, descobrindo-se novos métodos e técnicas. A descoberta e utilização de outras espécies vegetais nativas atribuiram novas tonalidades de cores que gradativamente começaram a ser utilizadas nos produtos manufaturados. Nesse universo, podemos destacar: urucum (Bixa orellana L.); açafrão (Crocus sativum Saffron Crocus); salsa da praia (Ipomoea sp); piqui (Caryocar brasiliensis Camb.), entre outras.
Pé de Gonçalo Alves (Astronium macrocalyx Engl.).
À esquerda observa-se um punhado de linho de buriti em tom natural e à direita colorido na tonalidade marron escuro com pigmento extraído da casca do caule do vegetal Gonçalo Alves.
A prática de colorir as fibras extraídas da palmeira de buriti (Mauritea flexuosa L. f.) com pigmentos extraídos de vegetais típicos da região é um processo quase tão antigo quanto o próprio artesanato com linho (fibra) de buriti praticado na região maranhense.
Apesar de se observar que essa prática era bastante difundida nas regiões de Barreirinhas e Tutóia-MA, a coloração se restringia quase que exclusivamente à cor marron, obtida da casca do caule do vegetal "Gonçalo Alves" (Astronium macrocalyx Engl.) vulgarmente conhecido como "gonçalave". A utilização de outras cores de origem natural era praticamente inexistente, recorrendo-se a pigmentos de origem artificial para atribuir diversidade de colorações às fibras.
Com o advento das pesquisas desenvolvidas, esse conhecimento passou a ser sistematizado e aperfeiçoado, descobrindo-se novos métodos e técnicas. A descoberta e utilização de outras espécies vegetais nativas atribuiram novas tonalidades de cores que gradativamente começaram a ser utilizadas nos produtos manufaturados. Nesse universo, podemos destacar: urucum (Bixa orellana L.); açafrão (Crocus sativum Saffron Crocus); salsa da praia (Ipomoea sp); piqui (Caryocar brasiliensis Camb.), entre outras.
Veja agora algumas etapas da coloração do linho de buriti com pigmento extraído da semente do urucum:
Pé de urucum (Bixa orellana L.) com frutos de onde se obtém as sementes para extração de pigmento na cor laranja forte.
Sementes de urucum secas de onde se extrai um pigmento laranja forte.
Sementes de ururcum cozidas com sabão-em-barra para se obter um pigmento de coloração mais forte. A quantidade de sabão deverá ser dosada para se obter o tom desejado de laranja, quanto maior a quantidade de sabão adicionada mais escuro o tom.
Após a extração da tinta, D. Preta acrescenta o linho para receber a coloração em tom laranja obtida do urucum.
Linho tingido com pigmento extraído do urucum.
Veja abaixo outros resultados de tingimento do linho com pigmentos vegetais:
1. papoula (Hibiscus rosa-sinensis L.); 2. acerola (Malpighia punicifolia L.); 3. urucum (Bixa orellana L.); 4. açafrão (Crocus sativum saffron Crocus); 5. gonçalo alves (Astronium macrocalyx Engl.); 6. piqui (Caryocar brasiliensis Camb.); 7. salsa da praia (Ipomoea sp).
Segue tabela com Identificação de algumas espécies que podem fornecer pigmentos realizada por Thereza Christina Costa Medeiros (Doutora em Botânica – USP).